Apresentação Presentation

O nome desta revista – Leonorana – deve a sua origem ao “Livro III – LEONORANA (1965–70): Trinta e uma variações temáticas sobre o mote de um vilancete de Luís de Camões”, de Ana Hatherly, publicado no livro Um calculador de Improbabilidades (Quimera, 2001). O projeto editorial assume-se, portanto, como uma direta homenagem à autora e retoma, atualizando, as preocupações centrais da sua obra no que diz respeito à atenção dada à prática experimental suportada na investigação da complementaridade entre as linguagens verbal e visual. Pela sua extensa actividade artística, literária e académica, Hatherly personifica a importância do estudo transdisciplinar no processo artístico e no modo como os seus resultados são encarados enquanto configurações e objectos de conhecimento.

Com periodicidade anual, a cada número da revista é convidado, pelo menos, um novo editor a formar a equipa editorial que, em colectivo, define o tema, a partir do qual são delineadas as linhas de orientação metodológica a serem propostas aos autores convidados pelo facto de sustentarem as suas práticas em pesquisas de âmbito artístico e que aceitem partilhar os seus interesses, processos e trabalhos realizados. Na Leonorana são publicados essencialmente ensaios por ser este género o eleito como o mais adequado a traduzir o pensamento em formação e que melhor possibilita empreender abordagens especulativas.

Leonorana – the title of the magazine – comes from Ana Hatherly’s “Livro III – LEONORANA (1965–70): Trinta e uma variações temáticas sobre o mote de um vilancete de Luís de Camões”, published in the book “Um calculador de Improbabilidades” (Quimera, 2001). This project is a direct tribute to the author. It resumes and updates the central focus of her work, namely concerning the study and experimental practice of the complementarity between verbal and visual languages. Due to her vast visual, literary and academic art experience, Hatherly symbolises the relevance research has in terms of artistic practice and the way it is perceived as knowledge.

With an annual periodicity, a new editor is invited, at least, at each number of the magazine, to form an editorial team that collectively will define the theme from which the methodological orientation lines are outlined. These are proposed to the invited authors because they sustain their research practices on the artistic scope and they willingly accept to share their interests, processes and works performed. Leonorana publishes essentially essays as the preferred genre as it’s the most adequate to translate the forming thought and the one that better enables to undertake speculative approaches. 


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